Notícias
Alunos

UNIMA tem projeto aprovado no Afycionados por Ciência

Compartilhe

O Programa Afycionados por Ciência tem como objetivo fomentar, fortalecer e dar visibilidade à pesquisa e extensão nas unidades da Afya, por meio do regulamento de subsídio para participação em eventos científicos e concessão de bolsas de pesquisa, no intuito de expandir a tríade Ensino, Pesquisa e Extensão. Na edição deste ano, foram contemplados 40 projetos de pesquisa em todas as instituições Afya.  

O Centro Universitário de Maceió - UNIMA teve o projeto ‘Identificação de fatores de risco e estratégias de intervenção para síndrome metabólica em comunidades tradicionais e povos originários: uma abordagem multidisciplinar utilizando a inteligência artificial’, liderado pelas professoras doutoras Cristiane Monteiro da Cruz e Adriana Mendonça de Lima, juntamente com os alunos Julia Lins e Irving Samuel, aprovado no Programa Afycionados por Ciência.  

Professoras doutoras Cristiane Monteiro da Cruz e Adriana Mendonça Lima

O projeto multidisciplinar tem como foco a prevenção das doenças cardiovasculares – principal causa de morte no mundo. São enfermidades que se desenvolvem ao longo do tempo e por isso não apresentam sintomas logo no início, diante disso, o acompanhamento e monitoramento de fatores de risco são importantes para a detecção precoce das doenças, e é baseada nessa atenção primária que o projeto é realizado, como explica a professora, doutora e biomédica, Cristiane Monteiro.  

“Desde 2016 venho trabalhando com grupos específicos, que são as comunidades quilombolas e indígenas, que são os povos originários. Quando vamos nessas regiões, realizamos um mapeamento inicial para ver o risco direto da possibilidade desse paciente desenvolver uma doença cardiovascular, associado com fatores ambientais e genéticos."  

Ao longo dessas visitas já realizadas, foi sendo cada vez mais necessário pensar em algo que acelerasse essa entrega do parecer ao paciente, diante da quantidade de dados e por ser tudo feito manualmente. Foi em uma conversa com a professora Adriana Mendonça, que leciona junto com Cristiane no Programa de Pós-graduação Stricto Sensu de Sociedade, Tecnologias e Políticas Públicas - SOTEPP da Unima, que foi pensado na ideia de unir a Inteligência Artificial para potencializar esse projeto que tem a base da Medicina, na melhoria da qualidade de vida da população, diminuição do risco mundial de doenças do coração e AVC.  

IA na Medicina

“Há quase 6 anos, venho trabalhando a temática da Inteligência Artificial junto aos alunos do curso de Ciência da Computação da Unima, dentre de outros projetos de pesquisa.  Foi nessa oportunidade, que juntamos nossos esforços, ao que o nosso aluno Irving já vem realizando na área, para criar uma solução utilizando a Inteligência Artificial de modo a dar um feedback mais ágil a esses pacientes. A proposta é analisar os dados em tempo real e já encaminhar para a assistência de Saúde”, detalhou Adriana Mendonça.  

Nesta condição, a Inteligência Artificial vem trabalhando baseada em dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Sociedade Brasileira de Diabetes. “A partir de agora, com esse projeto em andamento, as próximas visitas já serão realizadas com a coleta de dados através do software desenvolvido por nosso aluno aqui da Unima, e aí teremos maior agilidade de passar a probabilidade de risco dos pacientes, baseado nos dados coletados”, afirma a docente.  

Esta é a primeira vez na instituição que se insere a tecnologia dentro da análise de dados, a partir de um projeto de extensão, com áreas de pesquisa associadas, produzindo um produto que pode ser utilizado na comunidade e futuramente, quem sabe, expandir para a Secretaria de Saúde e até para o Ministério da Saúde.  

Julia Lins, aluna do 4º período do curso de Medicina da Unima, é orientanda neste projeto, contribuindo ativamente para sua execução e desenvolvimento.  

“Desde meu primeiro período de curso, venho acompanhando a professora Cristiane nesse projeto de mapear as doenças cardiovasculares principalmente nas comunidades quilombolas e indígenas. Ter esse projeto aprovado no Afycionados por Ciência foi graças aos nossos esforços e muita dedicação, pesquisando todas as fontes das Sociedades Brasileiras de Endocrinologia, Cardiologia, Diabetes. É gratificante ver que esse projeto será aplicado e irá ajudar muitas pessoas de comunidades”, declara a aluna.  

O aluno Irving Samuel, do 4º período de Ciência da Computação, foi quem desenvolveu o software para o projeto. Para ele, a Inteligência Artificial é uma área que está crescendo cada vez mais. “O mundo está caminhando para isso, e poder espalhar isso em áreas específicas como a Medicina é uma oportunidade incrível. E poder usar isso para progressão da humanidade e prevenção de possíveis doenças é muito bom. Estar participando disso é ainda mais especial para mim, pois em minha família meus avós sofreram por essas doenças de diabetes e coração, meu pai é hipertenso e tenho como futuramente adquirir essas doenças, então é como se eu estivesse fazendo algo por mim, pela minha família e por mais pessoas que precisam e não tem a possibilidade de ter acesso a essa prevenção”.

Julia Lins, aluna de Medicina e Irving Samuel, aluno de Ciência da Computação